JORNAL PROVÍNCIA CENTRO OESTE.
05/05/2024.
Hoje (05/05), no Distrito de Campo Alegre do Município do Paraná/Tocantins, começou uma nova historia.
O Senhor Carlos Ferreira, proprietário de imóvel rural, iniciou os trabalhos apresentando a comissão provisória da nova Associação de Produtores e Proprietários Rurais.
Depois passou a palavra ao contador Sergio Gomes para apresentar as suas contribuições.
Em seguida o vereador Conrado foi apresentado como presidente provisório da comissão. Apresentou-se também o vereador Bilisco, e a dona Vladya como secretária.
Após as apresentações o Senhor Sergio Gomes iniciou os trabalhos fazendo a leitura do estatuto.
Ao término da leitura deram inicio a criação das chapas para votação. Por unanimidade, foi eleita a diretoria da Associação.
E, em seguida, os membros abaixo foram empossados:
Presidente: IDELSON ALAN SANTOS
Vice Presidente: DOUGLAS FRANCISCO CARVALHO.
Secretária: VlADYA ALINE FERREIRA DE SOUSA.
Tesoureiro: CRISTIANO ALVES GOUVEIA.
Conselheiros:
1° CILESMAR SEBASTIAO DA SILVA.
2° AGUSTI CESAR BARBOSA NUNES.
3° JOSE FRANCISCO DA CONCEIÇÃO.
A Associação dos Proprietários de Produtores Rurais de Campo Alegre e Paranã/TO – APPRUCAP foi criada com os seguintes objetivos e finalidades:
Proteção e defesa dos direitos dos proprietários e produtores rurais de Campo Alegre e Paranã/TO. Em relação ao processo de demarcações, desapropriação e/ou regularização de terras, impostas pelo INCRA, IBAMA, ICMBIO e Fundação Palmares, no Estado de Tocantins.
Ao entrevistar algumas pessoas descendentes de povos kalungas e Quilombolas – eles disseram que são contra as demarcações de grandes áreas. Eles são contra porque as terras escrituradas em nomes das associações quando as famílias são assentadas precisam cumprir várias regras. Os que descumprem estão sujeitos as sanções, tais como: a perda da terra. As famílias solicitam que o INCRA titularizem as terras em seus nomes e não no nome das associações.
Na entrevista, alguns Kalungas reclamaram da falta de apoio. Falaram sobre as condições precárias dos transportes – a maioria anda em carrocerias de caminhões – estão sujeitos a poeiras, chuva e sol escaldante e pior ainda que é o risco de vida. Comentaram sobre as ocorrências de acidentes fatais, como o exemplo do trágico caso que recentemente ceifou a vida da Kalunga Domingas, que após a queda do caminhão, infelizmente veio a óbito. Como foi o caso recente da Kalunga Domingas que veio a óbito ao se assustar e cair da carroceria do caminhão. Enquanto isso, a minoria anda em carros e camionetes de luxo.
De acordo com alguns relatos, o INCRA e demais órgãos estão ouvindo apenas uma parte envolvida. A associação dos proprietários e produtores deseja que os seus direitos sejam respeitados pelos órgãos competentes. Ou seja, que as demarcações sejam realizadas após estudos minuciosos. Que possa ser acompanhado pelos dois lados.
Consultando informações sobre direito da terra, os únicos povos originários do Brasil são os indígenas.
Os Kalungas e Quilombolas vieram da África. Em regime de escravidão pelos Europeus. Hoje é um povo que está sendo atendido pelas suas demandas de terras para poder produzir.
Infelizmente o povo continua sofrendo enquanto um pequeno grupo são beneficiados outros, em sua maioria, não são.
O jornal se compromete a buscar informações junto às associações Kalungas e Quilombolas para verificar o que acontece com os recursos e doações que entram nas contas e de que forma os recursos são utilizados. Como por exemplo, o caso do Complexo das cachoeiras da Santa Barbara. E verificar também a forma como são assentadas as famílias e quais os seus direitos em relação às terras.
Ao encerrarem a reunião, a associação dos proprietários e produtores ofereceu um almoço com churrasco a todos os presentes – estiveram presentes mais de 90 pessoas.
Carlos Alberto Ferreira.
Jornalista e Colunista.
DRT 012376/DF
