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EMPATIA

Empatia

“O ato de ouvir e escutar, verdadeiramente, uma pessoa, até que ela expresse tudo o que precisa, pode ser o suficiente para que consiga enxergar outras possibilidades que lhe permitam seguir em frente.” Rosana Cares

A empatia é uma soft skill de grande importância, tanto para a vida pessoal quanto profissional, especialmente para aqueles que assumem posições de liderança, seja no ambiente familiar, religioso ou profissional.

Assim como as demais competências comportamentais, a empatia pode ser aprendida e desenvolvida e, para auxiliá-los nesse mister, trago neste texto conceitos e dicas valiosas para que você desenvolva essa habilidade, fortalecendo, assim, os vínculos e os relacionamentos.

De maneira geral, a empatia é definida como “a capacidade de se colocar no lugar do outro”, o que, de certa forma, entendo estar correto, mas pode não ser o suficiente para que esse outro se sinta melhor. Conceitos mais aprofundados do termo “empatia” mostram outros elementos que estão envolvidos nessa habilidade:

A empatia, substantivo feminino derivado do grego empatheia, é uma forma de identificação intelectual e/ou afetiva com o outro. O grego “em” tem o significado de dentro, interno, e “patheia” significa sentimento. Ou seja, a empatia é uma forma de nos conectarmos com o outro para que possamos sentir com as suas emoções, ver o mundo com os seus olhos e ouvir com os seus ouvidos. (BIESCZAD, 2019).

O autor Marshall B. Rosenberg define a empatia como “a compreensão respeitosa do que os outros estão vivendo(…)”, afirma, ainda, que “ao nos relacionarmos com os outros, a empatia ocorre somente quando conseguimos nos livrar de todas as ideias preconcebidas e julgamentos a respeito deles”.

Como se vê nos conceitos acima, a empatia vai além de se colocar no lugar do outro, significa escutar atentamente até conseguir entender seus sentimentos e necessidades. Desse modo, você demonstrará que se importa verdadeiramente com quem precisa de empatia.

Culturalmente, temos o hábito de interromper a fala das pessoas, geralmente com a intenção de ajudá-las. É comum, também, aconselharmos ou tentarmos propor soluções e animar as pessoas com frases como: “vai ficar tudo bem” ou “eu sei que você consegue”. Às vezes, ainda, começamos a falar dos nossos sentimentos ou de situações semelhantes que passamos. Tudo isso pode ser válido quando, por exemplo, alguém se dirige a você para pedir uma opinião ou conselho.

Diferentemente, quando alguém quer empatia, precisa apenas da sua presença por completo, para que possa se expressar amplamente, seja de modo verbal ou simplesmente por gestos. Sobre isso, veja o relato no livro “Comunicação Não-violenta”, do autor Marshall Rosenberg, em que um dos seus professores, Carl Rogers, descreve o impacto da empatia em quem a recebe:

“Quando […] alguém realmente o escuta sem julgá-lo, sem tentar assumir a responsabilidade por você, sem tentar moldá-lo, é muito bom. […] Quando sinto que fui ouvido e escutado, consigo perceber meu mundo de uma maneira nova e ir em frente. É espantoso como problemas que parecem insolúveis se tornam solúveis quando alguém escuta. Como confusões que parecem irremediáveis viram riachos relativamente claros correndo, quando se é escutado.” (ROSENBERG, 2006, p.159).

Trazendo essa conversa para o ambiente profissional, estou convencida de que, para sermos bons colegas de trabalho e bons líderes, precisamos ser verdadeiros e nos importar genuinamente uns com os outros. A comunicação aberta e transparente é a chave para um ambiente agradável e de resultados.

Quando nos preocupamos com o lado humano dos membros da equipe, em vez de focar somente na execução das tarefas, construímos um relacionamento saudável, no qual líder e liderados conseguem se conectar de maneira empática.

Manter o profissionalismo é importante, mas o que definitivamente garantirá o sucesso duradouro das entregas da equipe é a preocupação genuína em relação às pessoas com as quais trabalhamos. Para tanto, é essencial que os líderes abram espaço em suas agendas a fim de que tenham conversas autênticas com os membros de seu time e possam entender os sentimentos e as necessidades de cada um.

ROSANA CARES

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